Live ‘Memória Ancestral’, do Afrolaje, recebe o Caxambu do Salgueiro

 em artes, música

Caxambu do Salgueiro é o convidado do Afrolaje desta sexta, às 19h, em debate sobre ancestralidade e a história do grupo jongueiro do Morro do Salgueiro

 

O grupo Afrolaje realiza nesta sexta-feira a live ‘Memória Ancestral‘, em que recebe o Caxambu do Salgueiro. A transmissão começa às 19h debatendo experiências relacionadas à ancestralidade e a história do grupo jongueiro do Morro do Salgueiro.

A mediação da live, que acontece no Facebook do Afrolaje, será de Ivan Karu, coordenador do Afrolaje e pesquisador de Cultura Popular Afro-Brasileira.  O grupo foi idealizado com o objetivo de preservar e divulgar a cultura de matriz africana (afro-brasileira). O projeto dá visibilidade ao Jongo, a Capoeira Angola, o Maracatu, o Côco, o Samba de Roda e outras manifestações culturais afro-brasileiras.

O Caxambu do Salgueiro

Resistente no alto do Morro do Salgueiro, o Caxambu remete à formação da comunidade, quando negros libertos deixaram as lavouras de café do interior do estado do Rio, do Espírito Santo e Minas Gerais e habitaram o morro, no início do século 19. Na década de 80, a dança de roda ganhou uma música do ilustre cria do Salgueiro Almir Guineto,que virou sucesso.

Hoje é uma das principais manifestações folclóricas do Salgueiro, com figuras ancestrais que passam para as novas gerações o Caxambu, entre elas Tia Dorinha, de 89 anos, e Ninica, de 77. A dança nada mais é que o Jongo, mas com nome (que remete ao tambor ‘Caxambu’) e especificidades peculiares da região em que nasceu.

“É uma forma de louvação aos antepassados, consolidação de tradições e afirmação das identidades. Ele tem raízes nos saberes, ritos e crenças dos povos africanos, principalmente os de língua bantu. (…) Nos tempos da escravidão, a poesia metafórica do jongo permitiu que os praticantes da dança se comunicassem por meio de pontos que os capatazes e senhores não conseguiam compreender. Sempre esteve, assim, em uma dimensão marginal, em que os negros falam de si, de sua comunidade, por meio da crônica e da linguagem cifrada”, diz o Dossiê Iphan 5, que fala sobre o Jongo no Sudeste.

Assista abaixo um pouco do que é o Caxambu do Salgueiro

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