Fellini recebe retrospectiva no CCBB Rio: cinco filmes imperdíveis
Mostra exibirá as 24 produções do diretor italiano
O Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) do Rio homenageia os 100 anos do cineasta italiano Federico Fellini com a mostra Fellini, Il Maestro, em cartaz desde a quarta-feira (8). A retrospectiva tem curadoria de Paulo Ricardo Gonçalves de Almeida, e apresenta 24 títulos, desde o filme de estreia do diretor com Mulheres e Luzes (1950), até, sua produção derradeira, Vozes e Luas (1990). Abaixo, escolhemos os cinco melhores de Fellini, mas vá e veja outros: o maestro, como o título do evento marca, tem um estilo incomparável, que vai da sátira à comédia.
O CCBB fica na Rua Primeiro de Março, no Centro. A entrada é gratuita e a classificação indicativa está em cada sessão. Os filmes são exibidos a partir de 15h30, de quarta a segunda-feira. Veja a programação completa em: https://bit.ly/2T1hBLf
1 – A Estrada da Vida (1954)
O filme conta a história de Gelsomina, uma jovem simplória comprada de sua mãe por Zampanò, um homem forte e brutal que a leva com ele na estrada. Um quê de Charlie Chaplin e uma ode ao circo em um dos filmes mais bonitos e tristes do italiano.
2 – Noites de Cabíria (1957)
Uma prostituta indecisa vagueia pelas ruas de Roma procurando o amor verdadeiro, mas encontra apenas desgosto. Fellini talvez nunca tenha sido tão melancólico ou um como tanto trágico quanto aqui, mas este é um filme que te fará sorrir toda vez. Giuletta Masina, no papel título, reina soberana.
3 – A Doce Vida (1960)
O filme acompanha Marcello Rubini (Marcello Mastroianni), jornalista que escreve para revistas de fofocas, durante sete dias e noites em sua jornada pela “doce vida” de Roma, em uma busca infrutífera por amor e felicidade. Tem uma das cenas mais icônicas da filmografia de Fellini envolvendo Mastroianni e Anita Ekberg em uma certa fonte.
4 – 8 1/2 (1963)
Clássico absoluto e referência para muitos cineastas. Marcello Masstroianni é Guido Anselmi, um famoso diretor de cinema italiano que sofre um bloqueio criativo enquanto tenta dirigir um épico filme de ficção científica. O título se refere ao oitavo filme e meio de Fellini como diretor. Seu trabalho anterior consiste em seis longas-metragens, dois segmentos curtos e uma colaboração com Alberto Lattuada; os três últimos trabalhos são contados como “meio” filme.
5 – Amacord (1973)
Um conto semi-autobiográfico sobre Titta, um adolescente que cresceu entre um grupo excêntrico de personagens na vila de Borgo San Giuliano (situada perto das antigas muralhas de Rimini) na Itália fascista dos anos 30. O título do filme é uma univerbação da frase de Romagnolo a m’arcôrd (“Eu me lembro”). Fantasia e realidade em doses igualmente sublimes.