Projeto inclui As Filhas de Barracho e reverencia a panela de mão

Conhecido como diretor e mestre de bateria do bloco Sargento Pimenta, Felipe Reznik está lançando o projeto “Reluz” para promover encontro inédito de rainhas e reis da música brasileira com a sonoridade da panela de mão – ou handpan. A estreia foi na última sexta-feira (22), quando ele escolheu a ciranda como base de estudos, recebendo ninguém menos que Lia de Itamaracá e As Filhas de Barracho na faixa “Quem Me Deu Foi Lia / No Alto Mar” (Antônio Baracho).

O clipe foi rodado em Pernambuco, em agosto de 2020, nas cidades de Recife e Abreu e Lima e na Ilha de Itamaracá. As irmãs Dulce e Severina, que formam a dupla As Filhas de Baracho, são filhas do cirandeiro Antônio Baracho da Silva, conhecido como “O Rei sem Coroa” e autor das duas canções que formam o medley. O percussionista Emerson Santana, de Olinda, também acompanha Felipe.

Para o próximo mês, está previsto um clipe com Aurinha do Coco, que representa outro ritmo seminal nordestino. Em seguida, vem o jongo, com Lazir Sinval e Deli Monteiro, do Jongo da Serrinha; maracatu, com a rainha Elda Vianna da Nação Porto Rico e rainha Célia Benta da Silva, do Encanto do Pina (PE); e o samba: no Rio de Janeiro, com tia Surica, da Portela, e Zé Luiz, do Império Serrano; na Bahia, com Graça Onasilê, primeira mulher do Brasil a cantar em um bloco afro – o Ilê Aiyê, que comandou por 23 anos.

“RELUZ fala do meu desejo de usar a panela de mão – que é uma escultura sonora feita de chapas de aço – como um espelho: uma superfície musical que reflita o brilho das realezas da nossa cultura. Poder começar o projeto com esses nomes é uma enorme honra para mim”, explica Felipe Reznik.

Confira:

Foto em destaque: Alcione Ferreira/Divulgação