Jorge Drexler mistura candombe e funk com C. Tangana
Parceria inédita ganhou requintado videoclipe analógico
O uruguaio Jorge Drexler e o espanhol C. Tangana se reencontram após o sucesso Nominao, lançado no álbum El Madrileño, de Tangana. Desta vez, o single de Drexler exalta o que a pandemia de Covid-19 restringiu: o toque. Tocarte apresenta uma abordagem musical minimalista e rítmica, que inclui as levadas do funk carioca e do candombe.
Drexler explica que a canção é a primeira que Pucho (C. Tangana) e ele escreveram, concebida de uma vez durante sessão em seu estúdio, em junho de 2020, com ele, Víctor Martinez e o filho mais velho Pablo Drexler. Carles “Campi” Campón, homem de confiança do uruguaio, também assina produção e a mixagem.
“Nós escrevemos a letra na medida de Pucho e eu, mas o leme musical daquele navio de 4 foi carregado por ele com aquele brilho atrevido, aquele frenesi e essa generosidade que ele tem quando trabalha. Isso aconteceu há mais de um ano… antes de ´Nominao´, então imagine o que nos levou para manter isso escondido (queimou minhas mãos!) até sentirmos, toda a equipe, que tinha chegado a hora”, explica o autor.
“Nós escrevemos essa música no meio da pandemia, numa época em que interações habituais como abraços ou beijos, de repente, se transformaram em ações arriscadas. É um grande prazer para mim devolver a colaboração com o Jorge depois de sua incrível contribuição para o meu álbum. Também adoro o fato de Víctor Martínez, que teve uma grande presença em ´El Madrileño´, também ter participado dessa canção”, conta C. Tangana.
O clipe, lançado no último 29 de outubro, é uma atração à parte, dirigido por Joana Colomar e produzido por Zissou. Rodado em 16mm, o vídeo contempla o olhar sofisticado da diretora, que se traduz num espaço audiovisual de elegância, poesia e sutileza. “Descobrir uma diretora com o talento e o comprometimento de Joana Colomar, que destilou e estilizou essa sensualidade, foi também o que nos fez sentir que o círculo estava completo e que chegou a hora de apresentar a música”, detalha Jorge Drexler sobre Colomar.
Foto em destaque: Sofía Colodrón/Divulgação