Mário Wamser lança o terceiro disco ‘Virar’
Mineiro radicado no Rio gravou todos os instrumentos durante a quarentena em 2020
Lançado em pleno 25 de dezembro, “Virar” (Porangareté) é o terceiro álbum autoral de Mário Wamser, concebido durante o período de confinamento, que ainda se estende. Transformando sua casa em estúdio, o multi-instrumentista, cantor e compositor mostra como a pandemia impactou sua criação, com letras que abordam desapego, o confrontamento com a morte, liberdade, novas possibilidades de relacionamentos e fluxos de mudança.
De sonoridade vintage, passando pelos anos 1970 e 1980, o disco de oito faixas inéditas ressalta o cuidado característico que Wamser tem com a harmonia e sua influência pela música mineira. Neste solitário novo trabalho, ele gravou piano elétrico, guitarra, baixo, sintetizador, violão, bateria e percussão. Um contraste com o anterior, “Incertezão”, que envolveu uma série de colaborações com como Zé Ibarra, André Prando, Mihay, Mari Blue, Dônica e Puppi (que fez a produção musical).
“‘Virar’ é um álbum que tem uma relação muito forte com 2020, então fiz questão que fosse lançado agora, mesmo que faltando cinco dias para o fim do ano”, declara o artista.
Mário teve sua formação em violão na Bituca Universidade de Música, em Barbacena (MG), uma universidade livre apadrinhada por Milton Nascimento. Foi lá que o músico pródigo ingressou com apenas 14 anos para estudar com grandes mestres como Gilvan de Oliveira e Ian Guest. Já aos 18 anos, ganhou o famoso prêmio BDMG, que proporcionou um aprofundamento da sua prática junto ao violonista mineiro Weber Lopes.