Arthur Martins se reinventa no clipe e single “Novo Homem”

 em música

Faixa dá nome ao EP de estreia do artista carioca, cria da Cidade de Deus

 

Cria da Cidade de Deus, favela da Zona Oeste do Rio, e de um lar religioso, Arthur Martins usa a imagética do sagrado para explorar a vontade de ser uma pessoa melhor e que nunca é tarde demais para recomeçar. Isso surge em “Novo Homem“, single e clipe que marcam a estreia do artista e do seu EP. O single “Novo Homem” pode ser ouvido em todas as plataformas de música. Confira o clipe no final do texto.

“Novo Homem” foi composta num início de relacionamento e em meio a uma busca por novos começos. O disco é produzido por Arthur com Tiago Nunes, músico baiano membro da Orkestra Rumpilezz do maestro Letieres Leite e instrumentista que se apresentou ao lado de artistas como Maria Bethânia, Bell Marques e Julia Vargas.

“Comecei a gravar este EP em novembro de 2019 mas sinto que eu tô gestando, parindo este EP desde a minha infância”, reflete Arthur Martins, que começou sua relação mais profunda com música na adolescência e traz em seu EP um retrato da memória afetiva suburbana.

A música une samba-rock carioca, de Jorge Ben, Bebeto e Seu Jorge com a percussão baiana dos blocos afro, advinda dos toques de candomblé, desembocando em ritmos urbanos, como o samba-reggae, e mais tradicionais, como o ijexá.

“As músicas foram compostas no fim de 2019, em meio a grandes transformações pessoais, que ditaram o conteúdo das canções. Embora não haja unidade temática nas canções, todas elas buscam tratar os temas de forma muito visceral e sincera”, diz Martins.

Além de cantar e compor, Arthur Martins também dirigiu o selo Paracelso Records, com diversos lançamentos de artistas independentes. Entre eles, destaque para a coletânea “Raindown” (2018), disco-tributo ao Radiohead. Arthur também trabalhou como instrumentista e arranjador em diversos projetos, com destaque para a participação no EP “Balanço Oculto” (2020), do artista carioca Ninguém.

“O EP ‘Novo Homem’ marca a minha entrada mais robusta no mundo da música. O EP é, de certa forma, uma celebração ‘ecumênica’ da espiritualidade e da religiosidade”, conclui Arthur Martins.

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