Veja 10 livros que merecem ser lidos ainda em 2018

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À procura de uma nova leitura? Confira a nossa lista completa!

Quem nunca projetou uma (enorme) lista literária no início do ano? As metas costumam incluir livros de todos os tipos: desde lançamentos até os clássicos. No entanto, conforme os meses passam, reunimos cada vez mais obras e ficamos perdidos diante de tantos títulos. Fim de ano chegando… e quantos livros você já leu desde janeiro? Para te ajudar a organizar as próximas leituras, a Pitaya Cultural selecionou 10 livros que merecem ser lidos ainda em 2018. Confira a seleção completa e boa leitura!

1. O sol na cabeça, de Geovani Martins

Este é um dos títulos de maior destaque no ano. Livro de estreia do autor Geovani Martins, O sol na cabeça reúne 13 contos que narram a infância e a adolescência de moradores de favelas, que sofrem com a frequente violência nos morros cariocas e com a latente discriminação racial. É uma das obras essenciais para entender o cotidiano desses moradores e do Rio de Janeiro como uma “cidade partida”. Um dos textos mais intensos é “Rolézim”, que conta a história de um grupo de adolescentes que decidiu ir à praia na Zona Sul.

2. Com armas sonolentas, de Carola Saavedra

Em Com armas sonolentas, Carola Saavedra se reforça mais uma vez como uma das principais escritoras contemporâneas brasileiras. Este romance polifônico retrata o dia a dia de três mulheres: Anna, uma aspirante a atriz que vê em um cineasta alemão a chance de ter reconhecimento profissional; a jovem alemã Maike, que resolve estudar português na universidade; e uma terceira personagem, sem nome, que é obrigada pela mãe a deixar sua casa no interior, aos 14 anos, para trabalhar como doméstica.

3. Canção de ninar, de Leila Slimani

Canção de ninar é um dos melhores livros do ano. Vencedor do Prêmio Goncourt, o thriller fala sobre maternidade, diferenças de classes sociais e o papel da mulher na sociedade. A obra da escritora franco-marroquina Leila Slimani conta a história de uma babá que matou duas crianças. Mas o livro vai além e mostra o que está por trás do crime: desde a execução em si até a personalidade e a vida da empregada.

4. Quem tem medo do feminismo negro?, de Djamila Ribeiro

Quem tem medo do feminismo negro? é um livro essencial para discutir o papel da mulher negra na sociedade. Nesta obra, Djamila Ribeiro reuniu diversos artigos publicados inicialmente no blog da revista Carta Capital, entre 2014 e 2017. Muitos desses textos retratam situações do cotidiano, como o aumento da intolerância às religiões de matriz africana, a partir dos quais a autora destrincha conceitos do feminismo, como o empoderamento e a interseccionalidade.

5. Cumbe, de Marcelo D’Salete

A lista também não poderia deixar de incluir o Cumbe, do brasileiro Marcelo D’Salete, vencedor do Prêmio Eisner, principal premiação de quadrinhos do mundo. Dividida em quatro histórias, a obra aborda a luta contra a opressão da escravidão, com histórias que mostram escravos fugidos, rebeliões em quilombos e roubo de bebês. Este quadrinho foi publicado inicialmente em 2014, mas recebeu uma edição nos Estados Unidos neste ano. Antes disso, Cumbe havia sido publicado também na Itália, França, Portugal e Áustria.

6. O fim de Eddy, de Édouard Louis

Neste romance autobiográfico, o francês Édouard Louis firma-se como uma das vozes maior proeminentes da literatura contemporânea da França. O fim de Eddy narra a vida de um garoto obrigado a enfrentar a crueldade e o conservadorismo de uma comunidade no interior do país. De forma cruel e sufocante, a obra revela o preconceito e a violência existente na sociedade.

7. Meu livro violeta, de Ian McEwan

Um dos principais ficcionistas da atualidade, Ian McEwan reúne dois contos em Meu livro violeta. Em um dos textos, o autor descreve uma traição literária forjada e revela as ambivalências da amizade entre dois artistas. Já no segundo conto, o escritor apresenta uma história de amor e traição que envolve quatro personagens: um regente de música, sua mulher, o médico da família e uma admiradora do compositor.

8. Garotas mortas, de Selva Almada

A jornalista argentina Selva Almada investiga três casos de feminicídio em seu país na década de 1980 e mostra como essas três situações não foram resolvidas até hoje. Garotas mortas reúne três assassinatos que não foram suficientes para estampar as manchetes dos meios de comunicação na Argentina.  São considerados três crimes “menores”, que ocorreram enquanto a Argentina celebrava o retor no da democracia.

9. Ponciá Vicêncio, de Conceição Evaristo

Uma das finalistas da Academia Brasileira de Letras (ABL), a escritora Conceição Evaristo consagrou-se na literatura brasileira nos últimos anos. Em Ponciá Vicêncio, a autora descreve os caminhos, os sonhos e desencantos da personagem, que vive à margem da sociedade. A obra discute ainda a identidade de Ponciá e estabelece um diálogo entre o passado e o presente da mulher.

10. Aquela água toda, de João Anzanello Carrascoza

O escritor João Anzanello Carrascoza reforça sua prosa sutil no livro de contos Aquela água toda. Nos textos, ele valoriza as pequenas cenas do cotidiano dos personagens. No conto que dá nome à coletânea, o autor descreve um simples domingo de verão na praia, que se transforma em um exemplo de singelo de beleza. Outro texto de destaque é Passeio, que mostra a expectativa de uma família por um fim de semana diferente.

Tijucana antes de ser carioca. Jornalista de profissão, não vive sem a dança nas horas vagas. É apaixonada por livros, música, arte de rua e exposições.

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