A Freira: Terror da franquia “Invocação do Mal” assusta, mas peca na ‘falta’ de história

 em cinema e tv

“A Freira” busca dar sentido ao demônio Valak, que aterroriza Lorraine Warren em “Invocação do Mal 2”. Vale o bilhete pelos (poucos) sustos, mas erra no roteiro

 

Filme “A Freira”, dirigido por Corin Hardy, segue a trilha de sucesso do universo “Invocação do Mal” e busca dar significado ao demônio Valak, personagem presente na sequência da franquia, mas como história pouco convence. Calcado no roteiro de Gary Dauberman e James Wan (diretor dos dois filmes da franquia), o elenco também não ajuda, com uma “heroína” sem sal, não por falta de talento de Tassia Farmiga – deAmerican Horror Historye irmã de Vera Farmiga, a Lorraine Warren de Invocação 1 e 2. Trailer no final do texto!

Tudo começa após o suicídio de uma freira que fugia de um demônio dentro de uma abadia/convento, em uma pequena cidade da Romênia, em 1952 (cronologicamente, a primeira história do universo “Invocação”). Morador da vila local, o franco-canadense Maurice “Frenchie” (Jonas Bloquet), que leva mantimentos para as freiras enclausuradas no local, encontra o corpo de uma delas pendurado por uma corda. Ao ser notificado do caso, o Vaticano chama o perturbado padre Burke (Demian Bichir), que leva junto com ele a noviça e contestadora Irene (Tassia Farmiga) para investigar o crime.

Após chegarem no local, noviça e padre descobrem aos poucos que uma criatura diabólica na forma de uma freira (Bonnie Aarons) ressuscitou na abadia e tomou conta do espaço, podendo ser um perigo para a humanidade. A tentativa de dar sentido ao demônio Valak, que aterroriza a investigadora paranormal e sensitiva Lorraine Warren e perseguindo seu marido Ed Warren em Invocação do Mal 2, além de aparecer em Annabelle: A Criação do Mal, fracassa na falta de consistência da história de “A Freira”.

Locações na Romênia e ambientação gótica são pontos positivos | Divulgação

Frenchie dá ao longa uma escapada cômica, com suas frases engraçadas, mesmo fora de hora. Osjumpscares– aqueles sustos inesperados – acabam salvando o filme, que peca muito nos diálogos e na falta de sincronia entre os protagonistas. Outro ponto positivo são as locações na Romênia e a ambientação gótica da abadia onde 90% da história acontece. O final indica que uma nova história pode virar filme, já que o personagem do franco-canadense, para um espectador atento, é figura conhecida dos fãs do universo “Invocação”.

“A Freira” vale o ingresso, mas quem é amante do terror não espere umspin-offcomo os dois Annabelle, que mesmo tendo suas limitações tinham mais consistência narrativa. Ele entrou em em 6 de setembro em cartaz, mas permanece nos cinemas, batendo recorde e sendo a maior bilheteria da série de filmes de “Invocação”, inclusive no Brasil.

Avaliação Pitaya: 8,5

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