“Nasce uma estrela”: Entre o cult e o blockbuster
Com excelente atuação de Lady Gaga, filme é uma crítica à indústria das celebridades
Nasceuma estrela tem de tudo para ser mais um filme blockbuster – desde o elenco, que reúne Lady Gaga (Ally) e Bradley Cooper (Jackson Maine), até o enredo -, mas surpreende o público com uma boa dose de crítica à própria indústria das celebridades. O quarto remake do longa, dirigido pelo próprio Cooper, conta a história da personagem Ally, uma jovem que sonha em ser cantora, mas que precisa trabalhar em um restaurante para pagar as contas na casa onde vive com o pai.
Em paralelo, para tentar alcançar o seu sonho, ela é incentivada pelo melhor amigo e pelo pai a apresentar-se todas as noites em um bar nos Estados Unidos. Em um dos shows, ela é surpreendida pela presença do cantor e astro do rock Jackson Maine, que gosta da performance da jovem e decide ajudá-la a estourar na música. Os dois se apaixonam e fazem uma turnê juntos pelo país. No entanto, com o crescente sucesso de Ally, ele se afunda cada vez mais no alcoolismo e no vício das drogas.
Para além da (emocionante e triste) história de amor, Nasce uma estrela mostra como as produtoras musicais moldam os artistas de acordo com os padrões que propiciam maior lucro. O produtor da gravadora interfere no estilo das roupas e apresentações de Ally, deixando os shows cada vez mais ‘pops’ e padronizados. Ele chega até a interferir na relação do casal.
Vale destacar ainda a atuação de Lady Gaga, que, segundo a crítica, pode ser uma das indicadas ao Oscar de Melhor Atriz em 2019. Essa foi a primeira vez que a cantora estreou como protagonista de um longa. Anteriormente, ela havia conquistado o Globo de Ouro pela série American Horror Story.
Avaliação: Bom