“Ferrante fever”: Documentário destrincha genialidade da escritora Elena Ferrante
Em cartaz no Festival do Rio, filme tenta desvendar os mistérios em torno do anonimato da autora italiana
O documentário Ferrante fever, do diretor italiano Giacomo Durzi, é um alento para os fãs da escritora Elena Ferrante. Lançado em 2017 e em cartaz no Festival do Rio neste ano, o filme tenta desvendar os mistérios em torno do anonimato da autora italiana, que prefere responder por meio de um pseudônimo e manter sua identidade em segredo.
Os dados sobre Elena Ferrante ainda são escassos. Best-seller mundial, a escritora é conhecida pela tetralogia Napolitana, com os livros A amiga genial, História do novo sobrenome, História de quem foge e de quem fica e História da menina perdida. A série mostra a infância, a juventude e a maturidade de duas amigas, que vivem em Nápoles, na Itália.
Apesar do sucesso mundial, a escritora não aparece em público e responde as entrevistas por e-mail. Por isso, o documentário se baseia nos relatos autobiográficos do livro Frantumaglia, além de entrevistas com jornalistas, críticos e estudiosos da obra da autora.
Ferrante fever cria empatia com os fãs de Elena Ferrante desde a primeira cena, quando uma das entrevistadas diz que está “se tolhendo”, já que não consegue parar de ler a tetralogia. É quase como uma rua sem saída: quem começa a ler a série Napolitana, não larga mais. A sólida construção dos personagens nos faz acreditar que a história é real e que estamos vivenciando de perto o cotidiano das amigas Lena e Lenu.
No entanto, o documentário não é fechado penas aos fãs da italiana, mas é didático e apresenta ao público a qualidade da prosa da escritora. Depois de assistir ao filme de Durzi, é (quase) impossível não querer entrar no universo de Elena Ferrante.
Avaliação: Excelente