Com maestria, “A esposa” escancara machismo na sociedade
Longa de Björn Runge é marcado pela excelente atuação de Gleen Close, uma das indicadas à melhor atriz no Oscar 2019
Quando a americana Gleen Close, de 71 anos, foi anunciada como uma das indicadas na categoria de melhor atriz no Oscar 2019, não houve surpresas no meio cinematográfico. Vencedora da mesma categoria no Globo de Ouro deste ano, a artista é o principal destaque do filme “A esposa”, do diretor Björn Runge, lançado no Brasil em janeiro.
O longa conta uma história atemporal, que poderia ter acontecido com qualquer mulher. Joan Castleman (Gleen Close) abre mão do amor pela escrita para dedicar-se ao marido, o escritor Joe Castleman (Jonathan Pryce). Após o autor ganhar o Prêmio Nobel de Literatura, o casal viaja para Estocolmo para receber a premiação.
No entanto, a partir da festa, há uma tensão entre os dois e o biógrafo do escritor (Christian Slater). Alguns fatos vêm à tona e deixam claro que a mulher viveu décadas oprimida dentro de casa e abandonou seus próprios sonhos. Baseado no livro homônimo de Meg Wolitzer, A esposa é um filme sobre relacionamentos, machismo e o papel da mulher na sociedade.
O longa evidencia que as escritoras precisam lutar diariamente contra o preconceito para conseguir mais espaço no meio literário. Já é possível afirmar que é um dos principais destaques do cinema de 2019.