A necessária renovada de ‘Aladdin’
Com maior destaque para princesa Jasmine, live-action de clássico da Disney estreou em maio
No meio da onda de live-actions de clássicos infantis da Disney – que já passou por filmes como A Bela e a Fera, Dumbo e Mogli -, sem dúvidas, Aladdin é a maior surpresa de todos. Lançado no fim de maio, o longa conta a história de Aladdin (Mena Massoud), um jovem ladrão que vive de pequenos roubos na cidade de Agrabah.
Um dia, ele conhece uma mulher, que se identifica como criada do palácio do reino, mas que, na verdade, é a princesa Jasmine (Naomi Scott). Ao descobrir a identidade da jovem, Aladdin é capturado por Jafar (Marwan Kenzari), que deseja que ele recupere uma lâmpada mágica, onde habita o Gênio (Will Smith).
Apesar de a base da história ser a mesma do desenho, lançado em 1992, o diretor Guy Ritchie optou por necessárias e surpreendentes mudanças no remake. A maior delas é o destaque de Jasmine na trama. Sem querer depender de marido ou de outro homem, a princesa quer se livrar da pressão de ter que se casar e pretende virar uma sultana.
A nova postura da personagem se encaixa mais na sociedade atual. Ela ganha mais voz na narrativa e tem um papel empoderado. Para reforçar o protagonismo da princesa, a direção incluiu a música Speechless, que não fazia parte do longa original.
Aliás, a inesquecível trilha sonora de Alan Menken é um dos pontos altos. Uma das cenas mais aguardadas, o momento em que Aladdin e Jasmine voam no tapete, ao som de A whole new world, cria uma espécie de catarse no cinema. As músicas provocam nostalgia e levam o público diretamente à infância dos anos 1990.
Já em relação ao elenco, o ator Mena Massoud está bem caracterizado como Aladdin e é cativante. Mas também não podemos deixar de citar a atuação de Will Smith como Gênio. Leve em cena, ele protagoniza diálogos cômicos, que deixam o filme ainda mais divertido.
Em meio a tantos acertos, o live-action peca na parte de Jafar, que no desenho é um vilão caricato. O personagem não convence e tem um papel mais secundário na trama. Mas nem mesmo esse ponto negativo é capaz de apagar o brilho de Aladdin, que traz boas e renovadas discussões para a nossa sociedade.
Avaliação: Excelente