Música, lançada recentemente, aponta outros caminhos para os grupos

A foto que ilustra a postagem é de Fábio Ayrosa

As bandas Terno Rei e Tuyo lançaram, recentemente, Pivete, música que entrega outras possibilidades estéticas para os grupos, especialmente na sonoridade do quarteto de indie pop. Após o sucesso de Violeta (2019), um dos grandes álbuns do ano passado, os rapazes do Terno Rei tocaram em várias capitais brasileiras, de festivais de grande porte a tradicionais casas de shows, não raro em apresentações lotadas e aglomerando novos fãs fervorosos no meio do caminho.

Na outra ponta, o trio de R&B-folk Tuyo ganhou notoriedade com o disco Pra Curar (2018), que mistura elementos eletrônicos e orgânicos, e desde então cravou bons singles próprios e participações acertadíssimas com outros artistas, que vão de Fresno a Baco Exu do Blues, destacando-se por imprimir nessas faixas um tom próprio, praticamente transformando-as em canções autorais. Seguindo esta rota, Pivete surge como a primeira amostra da colaboração entre ambos, expandido as sonoridades das bandas.

Composta por Ale Sater, vocalista e baixista do Terno Rei, a letra da canção trata essencialmente de amadurecimento pessoal. “Às vezes tem coisas que eu não sei por que/Eu era tão menino e tão pivete“, cantam Ale, enquanto sintetizadores invadem gradualmente a harmonia, ladeados por uma guitarra discreta e a bateria marcada por “notas falsas” de Luis Cardoso. O radiofônico (e viciante) refrão constrói uma bela harmonia vocal, o centro da faixa, afinal, e termina em um crescendo que se resolve em um fade out instrumental.

A música foi apresentada ao vivo na primeira edição do festival paraense Se Rasgum em São Paulo, no Tropical Butantã. Na ocasião, Sater cantou com as irmãs Lay e Lio Soares, enquanto Jean Machado assumiu o baixo. Bem recebida pelo público, Pivete deve se firmar no repertório dos paulistanos. A outra parceria entre Terno Rei e Tuyo sai em breve, com a banda curitibana lançando mais um single no dia 27 de março.

Avaliação: Ótimo