Artista uruguaio enfrenta discurso de ódio com ‘world music latina’

O cantor e compositor Jorge Drexler faz um chamado à empatia frente ao ódio. La Guerrilla de la Concordia tem o formato de canto global, com o desejo de fazer que abandonemos o isolamento pessoal ao qual estivemos presos nos últimos tempos.

A canção antecipa o progressivo retorno dos reencontros. “Vivemos em um momento de reabertura, nos abrimos, estamos em grupo, compartilhamos espaço e sentimos saudades de coisas tão simples como cantar com um grupo de pessoas em um mesmo lugar”, explica Drexler.

A novidade do cantor e compositor uruguaio tem uma forma plural. A necessidade de estarmos juntos é apoiada com a participação do coral Gospel Factory, que compartilha, dessa forma, o papel principal. O coral, dirigido por Dani Reus, canaliza essa guerrilha da concórdia para iluminar uma questão diversa, generosa, combativa, alegre, decidida e empática.

O coral é fundamental na gravação, na qual também fazem parte Borja Barrueta (percussão), Martin Leiton (baixo) e Juan Pietranera (piano), com a produção de Drexler e Carles Campi Campón. Um longo processo de produção que contou, também, com a participação – em suas primeiras etapas – de Didi Gutman, Pablopablo e Vicent Huma.

O videoclipe, dirigido por Didi Domenech, é uma representação visual e fiel do tema, longe de artifícios e que permite que a letra fale por si só. “Era difícil para nós transmitirmos a energia da canção sem a presença do coral; queríamos dar ao vídeo esse ponto de verdade, e acredito que o conseguimos ao incorporar essa força própria que o Gospel Factory imprimiu ao estúdio. Também Domenech contribuiu com uma coisa que eu não tenho: a visão estética do que está acontecendo, incorporar essa energia sem intermediações nem artifícios”.