As cinco melhores HQ’s de Stan Lee

 em artes, quadrinhos

Gênio dos quadrinhos faleceu na segunda-feira (12) e deixou legado imensurável na cultura pop. Seus personagens variados encantaram gerações e vão perdurar por décadas

Stanley Lieber, conhecido porStan Lee, revolucionou o mundo da cultura pop através dos quadrinhos. Suas criações — centenas delas — ocupam um lugar de destaque no panteão das HQ’s. Homem-Aranha, X-Men, Homem de Ferro, Hulk, Quarteto Fantástico, Vingadores, Pantera Negra…a lista é grande de personagens que retrataram momentos importantes da história ou serviram como bom escapismo aos leitores partir dos anos 60. Ao lado de outros desenhistas, notadamente o monumental Jack Kirby (que merece o mesmo crédito), Lee deu forma aos anseios da época e além.

Pensando nisso, Pitaya Cultural decidiu reunir as cinco melhores histórias do quadrinista. A tarefa é praticamente impossível, quase hercúlea, então o critério é uma indicação dessas obras. Longe de ser um guia definitivo, a lista também pode ser encarada como uma porta de entrada para a nona arte e a importância de Lee para as HQs é quase simbiótica (sem trocadilho), mesmo que sua produção tenha se destacado mesmo até o começo dos anos 90. Excelsior!

5 – Surfista Prateado

O personagem mais filosófico e pacifista do cartel de heróis surgiu de uma ideia de Jack Kirby em uma história de Lee sobre o Quarteto Fantástico e foi aprimorado por John Buscema. O Surfista Prateado atuava como emissário de Galactus, o devorador de mundos, mas eventualmente tornou-se um herói. Talvez os pensamentos sobre bondade, pacifismo, religião e não violência não tenham alcançado tantos leitores assim, mas a mensagem ainda é poderosa. Fique com as oito primeiras edições.

4Hulk

O franzino Bruce Banner fazia experimentos com raios gama quando se tornou um gigante com superforça e quase invulnerável, conhecido como Hulk. Por trás da carcaça, há algumas boas reflexões sobre raiva e perdão — principalmente quando Hulk fazia estragos incalculáveis em momentos irracionais — e sobre o papel das Forças Armadas naquele contexto (Vietnã, alguém?). Nas primeiras seis edições, havia também um flerte com o horror na criação do personagem.

3 – Quarteto Fantástico

O terceiro grupo mais popular do planeta juntava quatro pessoas diferentes entre si e era a essência dos quadrinhos à época. As ameaças que o Quarteto Fantástico enfrentava — de homens-toupeira (!) ao maléfico Dr. Destino — foram um grande laboratório sobre o próprio desenvolvimento das HQ’s. Havia viagens entre galáxias, desaparecimentos, assassinatos e até casos de detetive. Uma espécie de grande novela ampliada em personas diversas, um grande divertimento feito com esmero. As 90 primeiras edições são essenciais.

 

2 – X-Men

Termômetro dos direitos raciais e tensões políticas do começo ao fim dos anos 60, o grupo de jovens mutantes oferece, até hoje, importantíssimas reflexões sobre empatia e direitos humanos. Nesse sentido, os X-Men e suas encarnações variadas, funcionam como mote sobre as relações humanas. Os mutantes das revistas são os negligenciados de hoje e a lista, infelizmente, é grande. É impossível não fazer um paralelo com a situação de imigrantes, negros, LGBTs e outros grupos minoritários no mundo. Leia as sagas: da Fênix, Fênix Negra, Dias de um Futuro Esquecido, Apocalipse…

1 – Homem-Aranha

Não tem pra ninguém. A melhor criação de Lee e Steve Dikto é o jovem nerd Peter Parker, o Homem-Aranha. Até hoje, sob a pele de Parker ou Miles Morales, milhares de crianças e jovens adultos se identificam com o Amigo da Vizinhança. Ler as histórias do Aranha é refletir sobre a própria essência do heroísmo. Cair para sempre levantar, não desistir dos obstáculos, mostrar-se resiliente diante do preconceito, ignorância e medo. O cardápio é completo aqui. As 50 primeiras edições, incluindo a que Peter desiste de vestir o uniforme, são um marco da nona arte.

 

 

 

 

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