‘Mostra Betty Faria – 80 anos’ traz 15 filmes em homenagem à atriz no CCBB-RJ

 em artes, cinema e tv

Programação, a partir do dia 12 de outubro, vai homenagear uma das mais respeitadas e admiradas atrizes brasileiras

 

Começa na próxima terça-feira, dia 12 de outubro, a Mostra Betty Faria – 80 anos, que vai homenagear uma das mais respeitadas e admiradas atrizes brasileiras. A programação contará com 15 longas-metragens, sendo que dois títulos também estarão disponíveis online, de diferentes períodos da história do cinema. A curadoria é de Leandro Pardí, ex-coordenador da Cinemateca Brasileira.

Entre os destaques da programação estão O Casal (1975), de Daniel Filho, que em seu lançamento fez mais de um milhão de espectadores nos cinemas; Jubiabá (1986), de Nelson Pereira dos Santos, baseado no livro homônimo de Jorge Amado, e Bens Confiscados (2004), de Carlos Reichenbach, prêmio de Melhor Atriz para Betty Faria no Cine Ceará.

Ao longo de sua carreira, Betty fez parcerias com diretores como Cacá Diegues, com quem trabalhou em Bye Bye Brasil (1980), considerado um dos mais importantes filmes brasileiros de todos os tempos, e Um trem para as Estrelas (1987), que participou da seleção oficial do Festival de Cannes e foi o representante brasileiro ao Oscar em 1987.  Outra parceria de sucesso foi com Bruno Barreto – ela estrelou os longas A Estrela Sobe (1974), que será exibido na mostra em uma rara cópia em 35mm, e Romance da Empregada (1987), que terá uma sessão inclusiva (com LIBRAS, áudiodescrição e legenda descritiva) no dia 27 de outubro, às 17h20.

Betty Faria em ‘Bye, Bye, Brasil’, de Cacá Diegues | Divulgação

Também serão exibidas obras do início da carreira da atriz, como O Beijo (1964), filme de Flávio Tambellini, sua estreia no cinema, e Os Monstros de Babaloo (1970), de Elyseu Visconti.  Durante todo o período da mostra, dois filmes da programação ficarão disponíveis de forma online e gratuita para todo o Brasil através da plataforma Eventim.

Perfume de Gardênia (1992), de Guilherme de Almeida Prado, no qual Betty contracena com nomes como Sérgio Mamberti, Christiane Torloni e Helena Ignez, e Marlene de Souza (2004), filme pouco conhecido da atriz no qual ela divide a cena com a atriz portuguesa Maria de Medeiros em locações em São Paulo, Rio de Janeiro, região de Piemonte e Paris.

No dia 14 de outubro, às 16h20, o Cinema do CCBB transmite um bate-papo sobre lembranças, bastidores e cinema brasileiro entre Betty Faria e Leandro Pardí, curador da mostra; e, no dia 18 de outubro, às 12h40, a palestra “Protagonismo feminino no Cinema Brasileiro”, com as diretoras Marina Person e Djin Sganzerla, sobre a realização cinematográfica do ponto de vista das mulheres.

Betty Faria em ‘O Bom Burguês’, ao lado de José Wilker | Divulgação

A mostra ainda realiza uma ação formativa através da aula gratuita “Filmografia Básica do Cinema Brasileiro”, ministrada pelo cineasta e programador Sergio Silva, no dia do seu encerramento (1º de novembro), às 14h. Será uma aula online sobre memória audiovisual e cinema brasileiro, utilizando análise de filmes, destacando as experiências que definiram o perfil da produção cinematográfica no Brasil e traçando uma filmografia básica sobre memória audiovisual e cinema brasileiro. As inscrições podem ser feitas pelo e-mailmostrabettyfaria@gmail.com.

O catálogo, que traz a filmografia completa e uma entrevista inédita da atriz, será disponibilizado de forma online e gratuita nos sites dos CCBB RJ e SP. Antes do Rio, a mostra começou no CCBB SP em 22 de setembro, onde acontece até 11 de outubro.

A programação completa pode ser conferida nas redes sociais ou no site do centro cultural. O projeto é patrocinado pelo Banco do Brasil, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.

Sobre Betty Faria

Nascida em 1941, no Rio de Janeiro, Betty foi bailarina profissional na juventude e, aos poucos, trocou a dança pela dramaturgia. Ela estreou na televisão em 1957, no programa Noite de Gala, da TV Rio. No cinema, seu primeiro papel foi em O Beijo, em 1964. Contratada pela Rede Globo como atriz, em 1969, para participar da novela A Última Valsa, de Glória Magadan, estourou como estrela de televisão nos anos 1970. Um de seus papéis mais marcantes foi a irreverente Tieta, na novela homônima, escrita por Agnaldo Silva e Ricardo Linhares, em 1989.

Ao longo de sua carreira, Betty participou de 26 filmes, mais de meia centena de novelas, séries e programas de televisão. No cinema, ela recebeu inúmeros prêmios como o de melhor atriz no Prêmio Air France de Cinema, em 1974; no Festival de Gramado em 1987, por Anjos do Arrabalde; foi quatro vezes premiada com “Romance da empregada” (1984) –  nos Festivais de Havana, de Sorrento e do Cine Iberoamericano e, mais uma vez, no Prêmio Air France de Cinema. Ganhou o prêmio de melhor atriz coadjuvante por “Perfume de Gardênia”, no Festival de Brasília, em 1982, e por Chega de Saudade (2009), no Festival Internacional de Cartagena das Índias. Betty foi nominada a melhor atriz no Prêmio Arte Qualidade Brasil, em 2008 e 2209; e foi homenageada com prêmios pelo conjunto da obra no Festival de Gramado (Troféu Oscarito), em 2012, e no CineEuphoria (Homenagem Especial), em 2019.

Sobre o CCBB RJ

O Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro funciona de quarta a segunda (fecha terça), das 9h às 19h aos domingos, segundas e quartas e das 9h às 20h às quintas, sextas e sábados. A entrada do público é permitida apenas com agendamento online (eventim.com.br), o que possibilita manter um controle rígido da quantidade de pessoas no prédio. Ainda conta com fluxo único de circulação, medição de temperatura, uso obrigatório de máscara, disponibilização de álcool gel e sinalizadores no piso para o distanciamento. Nos teatros e cinemas a lotação está reduzida para 40%.

A partir de 15 de setembro, em atenção ao decreto nº 49335, o acesso ao CCBB só será permitido ao público que apresentar na entrada da instituição a comprovação de vacinação contra a COVID-19.

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