Livremente inspirado no diário e na obra da pintora mexicana, espetáculo fica em cartaz no Teatro Eva Herz até sábado

Ícone de resistência e empoderamento feminino, a pintora mexicanaFrida Kahlo(1907 – 1954) ganhou mais visibilidade nos últimos anos, principalmente em espaços culturais. É comum também encontrarmos o rosto daartistaestampado em roupas, tatuagens e objetos de decoração. Mas, afinal, quem é Frida Kahlo por trás dessa imagem “pop”?

Com o objetivo de desconstruir os estereótipos que giram em torno da pintora, o monólogo “Frida Kahlo, a deusa tehuana” reúne trechos da vida e do pensamento da mexicana. O espetáculo, que fica em cartaz noTeatro Eva Herzaté sábado, é livremente inspirado no diário na obra da artista, que transformou a dor em arte.

Mesmo com tantos sofrimentos, ela revelou-se uma mulher forte, determinada, inspiradora e à frente de seu tempo. Aos seis anos, teve poliomelite e, aos 18, sofreu um acidente que deixou marcas profundas. Durante toda a sua vida, fez mais de 32 cirurgias. O monólogo relembra ainda a sua relação conturbada com o pintor Diego Rivera.

Um dos pontos mais altos da peça é a atuação da atriz Rose Germano, que escreveu o texto ao lado do diretor Luiz Antonio Rocha. Com maestria, ela transforma-se em Frida e revive as dores sentidas pela pintora. Vale destacar também os trechos das obras escolhidos para a narrativa da peça, como as cartas que a artista enviava ao seu médico. São tocantes, emocionantes e profundos.

SERVIÇO

“Frida Kahlo, a deusa tehuana”

Endereço:Teatro Eva Herz / Livraria Cultura – Rua Senador Dantas, nº 45, Cinelândia, Centro do Rio.

Horários:De quinta a sábado, às 19h.

Entrada:R$ 50 (inteira) / R$ 25 (meia)

Avaliação: Ótima

Gabriela Mattos

Tijucana antes de ser carioca. Jornalista de profissão, não vive sem a dança nas horas vagas. É apaixonada por livros, música, arte de rua e exposições.