Com oito indicações ao Oscar, “Vice” faz críticas severas ao governo Bush
Entre as categorias que o longa está concorrendo estão melhor filme, melhor roteiro original e melhor diretor
Dirigido por Adam McKay, Vice vai além de um filme biográfico do ex-vice-presidente Dick Cheney. Com severas críticas ao governo de George W. Bush, o longa mostra como Cheney (Christian Bale) aproximou-se do Partido Republicano ao ver uma grande oportunidade de crescer na vida política.
Inicialmente, ele tornou-se assessor direto de Donald Rumsfeld (Steve Carell) e, depois, com a renúncia do ex-presidente dos Estados Unidos Richard Nixon, os dois ganharam mais destaque no governo. Décadas depois, Cheney aceita formar uma chapa ao lado de George W. Bush (Sam Rockwell).
Ao mostrar a trajetória (contraditória e questionável) do ex-vice-presidente, o longa tem como pano de fundo o atentado de 11 de setembro de 2001, quando mais de duas mil pessoas morreram em ataques no World Trade Center e no Pentágono da Casa Branca. O filme mostra que, em diversas situações, Cheney foi o protagonista do governo, como na invasão ao Iraque.
Indicado a oito categorias no Oscar, como melhor diretor, melhor filme e melhor roteiro original, o filme é marcado pelas boas atuações de Bale, que precisou engordar 20 kg para o papel, e de Rockwell, que ficou com a aparência (quase) idêntica a Bush. No entanto, um dos principais destaques do Vice é o roteiro, escrito também escrito por Adam McKay. Diferentemente de outros longas com temática parecida, o diretor consegue contar a história com uma linguagem pop, que deixa a narrativa mais dinâmica.
Outro ponto alto do Vice é a frequente crítica ao governo de Bush nos Estados Unidos e de outros governos mais totalitários e extremistas, como o do atual presidente Donald Trump. É um filme necessário e que faz jus às oito indicações ao Oscar 2019.
Avaliação: Muito bom