“O ódio que você semeia” é um filme atemporal e necessário
Exibido no Festival do Rio, longa é uma adaptação do livro homônimo de Angie Thomas
A 20ª edição do Festival do Rio foi repleta de bons filmes. Um dos principais destaques é “O ódio que você semeia”, do diretor George Tillman Jr., inspirado no livro homônimo de Angie Thomas. O longa conta a história de Starr Carter (Amandla Stenberg), uma adolescente negra, de 16 anos, que vive na periferia dos Estados Unidos com seus pais e irmãos.
Desde criança, ela precisa lidar com a realidade injusta, desigual e racista do ambiente onde vive. Por causa da violência do bairro, os pais de Starr decidem colocá-la em um colégio particular, de pessoas ricas e brancas. No entanto, a vida da menina muda de rumo após ela presenciar o assassinato do seu melhor amigo Khalil, por um policial branco. Depois do crime, Starr é forçada a testemunhar a favor do rapaz no tribunal.
Com um caráter blockbuster, a narrativa engloba reflexões necessárias ao público sobre racismo, violência, preconceito e desigualdade social, que podem ser definidas em uma frase-chave do filme: “O ódio que você semeia destrói todos“. Ao mostrar a morte de Khalil, o longa escancara o racismo estrutural de nossa sociedade e retrata a dura realidade dos negros, que sofrem preconceito diariamente e são marginalizados.
Ao serem colocados à margem, eles são obrigados a lutar pela sobrevivência e por sua identidade. Voltado a um público mais jovem, “O ódio que você semeia” discute um assunto sério e atemporal. A história se passa em um gueto dos Estados Unidos, mas poderia ser factível em qualquer outra parte do mundo.
Avaliação: Bom