Retrospectiva Pitaya Cultural: Os melhores livros de 2018
Foi um ano repleto de bons lançamentos na literatura brasileira e mundial. Confira o nosso top 10!
Mais um ano aproxima-se do fim e chegou a hora de fazermos uma retrospectiva dos principais destaques da literatura em 2018. Foi um ano recheado de bons lançamentos literários, tanto no Brasil quanto no exterior. Por isso, a Pitaya Cultural reuniu os dez melhores livros dos últimos 12 meses. Confira o nosso ranking!
10. 21 lições para o século 21, de Yuval Noah Harari
O professor israelense Yuval Noah Harari foi um dos principais nomes de 2018. Neste livro, o escritor discute temas relevantes para a sociedade, como cataclismos ambientais, crises tecnológicas e guerras nucleares. O autor mostra o desafio de manter o foco coletivo e individual diante de mudanças frequentes no mundo.
9. O pai da menina morta, de Tiago Ferro
Em sua estreia na literatura, Tiago Ferro usa experiências autobiográficas para contar a história de uma menina, de 8 anos, que morre subitamente. Comovente, o romance não se restringe ao inventário doloroso da morte da filha e amplia, por meio da escrita, temas como humor, memória e auto imagem.
8. Cumbe, de Marcelo D’Salete
Cumbe foi o principal destaque dos quadrinhos em 2018. Vencedor do Prêmio Eisner, o livro de Marcelo D’Salete é dividido em quatro histórias sobre a escravidão. As narrativas mostram escravos fugidos, roubo de bebês e rebeliões em quilombos. Além do Brasil, a HQ foi publicada também na Itália, Portugal, França e Áustria.
7. O fim de Eddy, de Édouard Louis
Intenso e cruel, o romance autobiográfico de Édouard Louis retrata a vida de um garoto obrigado a enfrentar o conservadorismo e a violência de uma comunidade no interior da França. Com tons autobiográficos, a obra escancara o preconceito e a crueldade.
6. Assim na Terra como embaixo da Terra, de Ana Paula Maia
A lista não poderia deixar de fora o vencedor da categoria Romance, do Prêmio São Paulo de Literatura 2018. Inspirada no conto Na colônia penal, do escritor Franz Kafka, Assim na Terra como embaixo da Terra narra a história de uma colônia penal situada no Brasil, para onde são enviados os “desgarrados da sociedade”.
5. O peso do pássaro, de Aline Bei
Surpreendente e poético, O peso do pássaro morto também conquistou o Prêmio São Paulo de Literatura, mas na categoria estreantes. Nesta obra de estreia, Aline Bei retrata a vida de uma mulher, dos 8 aos 52 anos, passando pelas tragédias e fatos do cotidiano da personagem.
4. À cidade, de Mailson Furtado Viana
À cidade, de Mailson Furtado Viana, foi o grande vencedor do Prêmio Jabuti 2018. O livro é um grande poema, que reúne elementos históricos, sociológicos, físicos e políticas. Na obra, a cidade se constrói e se reinventa com inúmeros significados.
3. Todo dia a mesma noite – A história não contada da Boate Kiss, de Daniela Arbex
No início de 2018, a jornalista Daniela Arbex lançou a obra Todo dia a mesma noite, que destrincha o incêndio na Boate Kiss, na cidade de Santa Maria, em 2013, que deixou mais de 200 mortos. De forma sensível, a autora reúne dezenas de entrevistas com parentes e amigos das vítimas.
2. O sol na cabeça, de Geovani Martins
Livro de estreia de Geovani Martins, O sol na cabeça é o principal destaque da literatura brasileira em 2018. Por meio de 13 contos, a obra retrata a infância e a adolescência de moradores de favelas, que sofrem com a frequente violência nos morros cariocas e com a latente discriminação racial.
1. Canção de Ninar, de Leila Slimani
Canção de ninar é o maior destaque de 2018. Vencedor do Prêmio Goncourt, o thriller fala sobre maternidade, diferenças de classes sociais e o papel da mulher na sociedade. A obra conta a história de uma babá que matou duas crianças, mas vai além e mostra o que está por trás do crime. O romance também foi eleito como um dos dez melhores do ano pelo jornal The New York Times.