7 discos nacionais que completam 10 anos em 2020

 em música

Uma seleção de trabalhos lançados no começo da década que seguem relevantes

O ano de 2010 foi marcante para a música brasileira, especialmente para o cenário alternativo, que se consolidava em público. Foi o ano da estreia notável de artistas, tanto bandas, como solo, incluindo os gaúchos da Apanhador Só e a pernambucana Karina Buhr. A Pitaya Cultural selecionou 7 desses discos nacionais que completam uma década em 2020.

Apanhador Só – Apanhador Só

Com dois EPs lançados, a banda gaúcha, com Alexandre Kumpinski à frente, já vinha conquistando espaço com shows no Rio e em São Paulo. Foi com o primeiro disco que mostrou grande potencial como um laboratório de ritmos dissecado em canções como “Baião-de-vira-mundo”, que vira um tango, “Um Rei e o Zé”, “Maria Augusta” e “Nescafé”.


Cérebro Eletrônico – Deus e o diabo no liquidificador

Encharcada de tropicalismo, a banda liderada por Tatá Aeroplano chegava ao terceiro disco com guitarras como protagonistas. Mais dançante e sempre psicodélico, o trabalho é também recheado de participações, como Leo Cavalcanti, Tulipa Ruiz e Helio Flanders. É uma reunião divertida de talentos.


Karina Buhr – Eu menti pra você

O primeiro álbum solo da cantora, compositora e instrumentista pernambucana, que foi vocalista no grupo Comadre Fulozinha, o mesmo que revelou Alessandra Leão e Isaar França. Com rica mistura rítmica que marcaria sua carreira, o álbum foi bem recebido pela crítica e também trazia um belo time, como Fernando Catatau e Edgard Scandurra nas guitarras e Marcelo Jeneci ao acordeom e piano.


Marcelo Jeneci – Feito pra acabar

Com diversas parcerias e participações em discos de colegas no currículo, chegava a hora do paulista Jeneci estrear com seu disco. E foi um respeitável début, produzido por Kassin e colaborações de Arnaldo Antunes, Chico César, Luiz Tatit, entre outros. O multi-instrumentista tem a habilidade de conciliar o indie e a MPB, tendo alcançado o sucesso de público e crítica em faixas como o hit “Felicidade” e “Feito pra acabar”.


Miranda Kassin e Andre Frateschi – Hits do Underground

Ambos com trabalho solo lançado, o casal homenageou vários artistas do cenário alternativo dos anos 2000 nesse disco, produzido por Plínio Profeta, incluindo Wander Wildner, Vanguart, Mombojó e Cérebro Eletrônico. Dessa última, veio a ótima “Dê”, que rendeu um bombado clipe com texto introdutório de Xico Sá.


Mombojó – Amigo do tempo

Após quatro anos sem lançar um disco, os pernambucanos que eram considerados pela imprensa especializada como “herdeiros do manguebeat” já mostraram que haviam superado a estética da geração anterior. Neste, os arranjos bem trabalhados se destacam na faixa-título, além de “Casa Caiada” e o hit “Papapa”.


Tulipa Ruiz – Efêmera

Este disco marcou a estreia de uma das maiores cantoras de sua geração. Fugindo do óbvio ao falar de amor, do refrão chiclete à ausência dele, o álbum é um consistente cartão de visitas. Com poucas parcerias, Tulipa se mostrava uma competente compositora em hits como “Efêmera” e “Só sei dançar com você”. A parte visual também é bem caprichada, com ilustrações feitas por colegas como Ná Ozzetti, Tiê, Karina Buhr e Tatá Aeroplano.

 

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