Julico, do The Baggios, lança clipe de ‘Ikê Maré’

 em música

Vídeoclipe foi gravado nas águas e dunas do sítio arqueológico do Morro da Lucrécia, no povoado Lagoa Redonda, em Pirambu, no Sergipe

 

Julico, do The Baggios, lançou o clipe de ‘Ikê Maré‘, faixa-título do disco solo do músico sergipano. O vídeo, cheio de swing e com guitarras, evoca a entidade criada pelo artista em meio à exuberância das águas e dunas do sítio arqueológico do Morro da Lucrécia, no povoado Lagoa Redonda, em Pirambu, no Sergipe.

No clipe, Julico dá vida a um ser nascido num mar inabitável por causa da grande quantidade de lixo, que inicia uma odisseia para se libertar das amarras. O périplo é até a benção do deus-tempo Ikê Maré.

O trabalho foi roteirizado, dirigido e editado pelo próprio Julico, que vem construindo uma carreira no audiovisual de longa data. É o terceiro clipe do álbum (e um quarto vem aí), lançado em novembro nas plataformas digitais e que será lançado em vinil pelo recém-criado selo do músico, Limaia Discos.

Ikê maré foi rodado no místico Morro da Lucrécia, um sítio arqueológico onde já foram encontrados vários artefatos de antigos povos daquela região. No fim das gravações, a equipe foi surpreendida com sons de batuque que vinham das dunas; Os moradores locais dizem que é comum ouvir gemidos, palmas e sons de vários tambores no fim da tarde, e que a equipe foi “homenageada”.

“Do mar surge a peleja coberta da inconsequente ação do homem que insiste em degradar a sua própria natureza mesmo sabendo que mais na frente terá de volta o que foi dado,” diz o artista.

A palavra que dá nome ao primeiro disco solo de Júlio Andrade (vocalista e guitarrista do The Baggios), ikê maré, só existe (ainda!) no imaginário do músico sergipano. “Representa o tempo, com seus ensinamentos e ciclos: o músico idealiza e reflete sobre isso cercado pela natureza, em frente ao mar, e ali se perde na finitude da existência”.

O conceito reverbera em música, entre 13 faixas, com a fusão do soul, do funk e psicodelismo da música brasileira. Uma fusão de vários ritmos e etnias e ikê maré é, mesmo, plural – tem também baião, desert blues e música folk.

A verve da música brasileira setentista dá o tom ao disco, explorando o swing e o groove. Aqui, Julico explora mais refrões do que versos e conta com participações de Curumin, Sandyalê, entre outros.

Assista ao clipe de ‘Ikê Maré’

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