Flip 2019: Conheça os 10 principais escritores convidados

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Principal festival de literatura do país homenageará Euclides da Cunha na edição deste ano

Os preparativos para a 17ª edição da Festa Literária Internacional de Paraty (Flip 2019) estão a todo vapor. No último dia 15, a organização divulgou a programação completa do festival, que será realizado entre 10 e 14 de julho. Neste ano, o principal evento de literatura do país homenageará o escritor Euclides da Cunha.

Nascido em 20 de janeiro de 1886, no Rio de Janeiro, ele é um dos principais nomes da literatura clássica do Brasil. Sua principal obra é Os sertões, na qual reúne suas experiências de cobertura na Guerra dos Canudos. Entre as principais características de seus livros é denunciar as injustiças da elite e as desigualdades sociais no Brasil.

Os convidados da Flip

Em entrevista aos jornalistas, a nova curadora do evento, Fernanda Diamant, destacou o caráter político da 17ª edição. “Seria impossível homenagear Euclides sem esse viés. A ideia é focar mais na reflexão histórica sobre o país”, afirmou. Ao todo, a programação reúne 33 autores convidados, de dez nacionalidades, em 21 mesas de debates.

Entre eles estão o quadrinista brasileiro Marcelo D’Salete, vencedor do Prêmio Eisner no ano passado, com o livro Cumbe, e a escritora Sheila Heti, da obra recém-lançada Maternidade. Que tal conhecer os dez principais destaques da Flip 2019? Confira a nossa lista!

  • Marcelo D’Salete

Marcelo D’Salete consagrou-se como um dos principais quadrinistas brasileiros. Além de Cumbe, é autor de Angola Janga, criado a partir de pesquisas sobre o Quilombo dos Palmares, e Encruzilhada, que narra a resistência contra a escravidão no Brasil colonial. Além de escritor, é professor de artes visuais na Escola de Aplicação e no Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (USP).

  • Carmen Maria Machado

Nascida em 1986, na Pensilvânia, nos Estados Unidos, a escritora Carman Maria Machado foi finalista do National Book Award e vencedora do prêmio LGBTQ Lambda Literary Award com o livro O corpo dela e outras farras. Seus trabalhos são considerados uma ‘weird fiction’ (ficção esquisita), por utilizar diferentes técnicas. Carmen escreve ainda para alguns veículos, como The New Yorker e a revista Granta.

  • Sheila Heti

Assim como Carmen, a escritora Sheila Heti também colaborou com a The New Yorker e a Granta. Um dos principais destaques da Flip 2019, ela nasceu em Toronto, em 1976, e é formada em História da Arte e Filosofia. Neste ano, a autora lançou o livro Maternidade, o qual é um misto de autobiografia, ensaio e ficção. Ao longo da carreira, Sheila já publicou oito obras, que foram traduzidas para 21 idiomas.

  • Adriana Calcanhotto

Um dos principais nomes da música contemporânea brasileira, Adriana Calcanhotto também é uma das convidadas da programação oficial da Flip. Com mais de 20 discos lançados, ela publicou o livro Saga lusa: o relato de uma viagem, escrito após um surto causado por remédios de gripe.

  • Gaël Faye

Rapper e romancista, Gaël Faye é filho de mãe ruandesa e pai francês, e imigrou para a França em 1995. Em Londres, formou-se em mestrado em Finanças e, em 2009, lançou seu primeiro álbum. Com seu livro de estreia, Meu pequeno país, conquistou o prêmio Goncourt des Lycéens. A obra retrata a guerra entre os tutsis e hutus sob o ponto de vista de uma criança.

  • Jarid Arraes

Nascida em 1991, no Ceará, Jarid Arraes é um dos destaques do cordel do país. A poeta, filha e neta de cordelistas, mudou-se para São Paulo em 2014. Ao todo, já publicou mais de 60 cordéis, que produz de forma manual. Vendeu cinco mil cópias de Heroínas negras brasileiras em 15 cordéis e, neste ano, lançou o primeiro livro de contos, Redemoinho em dia quente.

  • Ayelet Gundar-Goshen

Autora de Uma noite, Markovitch, a escritora israelense Aylet Gundar-Goshen conquistou o Prêmio Sapir de Literatura de seu país natal. Além da premiação, seu romance de estreia foi traduzido para 14 idiomas diferentes. A obra é inspirada em uma história real e conta o dia a dia de um grupo de jovens que sai da Palestinha até a Europa sob comando nazista.

  • Ayòbámi Adébáyò

A escritora nigeriana Ayòbámi Adèbáyò reúne reflexões sobre o patriarcado na sociedade da Nigéria em seu primeiro livro, Fique comigo. Publicado em 15 países, o romance foi classificado como um dos melhores títulos do ano pelos principais jornais do mundo, como New York Times The Wall Street Journal.

  • Cristina Serra

Formada pela Universidade Federal Fluminense (UFF), a jornalista Cristina Serra publicou, em 2018, o livro Tragédia em Mariana: a história do maior desastre ambiental do Brasil, após uma série de reportagens na TV Globo, em 2015 e 2016. Ela também foi repórter no Jornal do Brasil e na revista Veja.

  • Kalaf Epalanga

O músico angolano Kalaf Epalanga ficou conhecido ao integrar a banda Buraka Som Sistema e ser cofundador do selo musical Enchufada. Em 2011 e 2014, reuniu crônicas nas coletâneas Estórias para meninos de cor O angolano que comprou Lisboa. Já no livro Também os brancos sambem dançar, lançado no ano passado pela editora Todavia, conta sua história na música, a do kuduro e da kizomba.

Tijucana antes de ser carioca. Jornalista de profissão, não vive sem a dança nas horas vagas. É apaixonada por livros, música, arte de rua e exposições.

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