Os melhores filmes de 2019
Selecionamos as dez melhoras obras cinematográficas deste ano
Chegou a hora da retrospectiva de cinema 2019 na Pitaya Cultural. Nela, selecionamos os melhores filmes do ano, dez obras que se destacaram por suas qualidades e, principalmente, por suas histórias. E há arte para todos os gostos: da reverência aos quadrinhos ao questionamento político-social, passando por fábulas e histórias de arrependimento e rancor.
Mais do que em 2018, este ano popularizou de vez a era dos streamings — pelo menos três filmes escolhidos por nós estão no Netflix. A plataforma, que não está sozinha, investe cada vez mais em produções marcantes, mesmo que ainda precise depurar um pouco o conteúdo (e o algortitmo, mas isso é outro papo).
Confira os nossos selecionados:
10 – Homem-Aranha no Aranhaverso
Falamos dele por aqui, mas não custa frisar: Homem-Aranha no Aranhaverso é o melhor filme de toda a franquia do aracnídeo. Além da linguagem visual sem limites que uma animação proporciona, a trama ousa e amplia o escopo do herói (há sempre quem reclame) de uma forma nunca vista em qualquer mídia. Não é pouca coisa e, claro, vem continuação por aí.
09 – Meu Nome é Dolemite
Eddie Murphy, há muito preso a papeis rasos ou repetitivos, relembra que é um ator talentoso (e sério concorrente a um prêmio nas premiações de 2020) ao viver um cafetão malandro em Meu Nome é Dolemite. Com o sonho de ser um ator, ele molda sua persona ao colocar a comédia stand-up em outro patamar e aprende muita coisa sobre o showbusiness no processo.
08 – Era Uma Vez….em Hollywood
Prestes a fazer sua última obra, Quentin Tarantino finalmente completou seu meta-filme sobre seu amor por Hollywood e por uma época que moldou o zeitgest americano. Era Uma Vez…em Hollywood mostra a amizade de dois homens sem uma trama direta e sem tanta amarras como as produções anteriores, mas a obsessão pelos detalhes segue lá.
07 – Bacurau
Kléber Mendonça Filho e Juliano Dornelles fizeram a peça de cultura pop mais importante do Brasil deste ano. Bacurau não é perfeito, mas certamente é muito especial por marcar um novo movimento no cinema brasileiro, tanto por expor referências com inteligência como por ousar na narrativa (todos são protagonistas) em igual medida.
06 – A Favorita
A batalha de várias forças, por influência e poder, em meio a um dos momentos qualquer da História em uma atuação brilhante deOlivia Colman, Rachel Weiz e Emma Stone.Yorgos Lanthimos não poupa esforços em A Favorita, seu filme mais ambicioso até aqui, com estética e roteiro coerentes e um final perturbador que ficará na sua cabeça por muitos dias.
05 – História de um Casamento
O que acontece quando um egocêntrico e uma passivo-agressiva se encontram? Basicamente, este é o motor que move os diálogos secos, dolorosos e sinceramente engraçados de História de um Casamento, de Noah Baumbach. Adam Driver e Scarlett Johansson mostram uma química afiada em uma comédia dramática com uma ponta de esperança.
04 – Nós
Após o excelente Corra!, Jordan Peele se entregou a uma nova abordagem cinematográfica e subverteu expectativas com o denso Nós. A história de uma família negra que se vê obrigada a enfrentar suas cópias é aterrorizante por fincar seus pés na realidade e, como todo bom horror, mostrar que os paralelos são mais fortes e reais que imaginamos.
03 – Dor e Glória
Pedro Almodóvar voltou à forma com um belo filme sobre algumas escolhas que marcam e moldam personalidades para a vida toda. Antonio Banderas se reencontra com o diretor em uma comovente atuação que também é meta e intencional em Dor e Glória. É a estrutura episódica que se conecta com o próprio fazer artístico e seus efeitos em todos nós.
02 – O Irlandês
O Irlandês é um acontecimento impressionante, que envolve um ator quase aposentado (que vai ganhar todos os prêmios do mundo) e outras dois grandes nomes do cinema, em atuações absolutamente colossais em uma trama sobre perdas, muitas perdas, e arrependimentos. Martin Scorsese dá uma aula magna sobre o que é fazer cinema, como poucos podem fazer.
01 – Parasita
Não tem para ninguém. Parasita, de Bong Joon-ho, é um acontecimento que chega forte para o ano que vem. O diretor sul-coreano aprimora suas técnicas em um roteiro que tem terror, ação, comédia e muito mais em uma trama universal sobre desigualdade social causada pelo capitalismo e suas tenebrosas consequências. Para sair em choque e refletir muito.